VIDE BULA – Mitos e Verdades da Indústria Farmacêutica

Uma gama de novos fármacos oferece mais tempo de vida e bem-estar aos pacientes oncológicos


O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. São cerca de 9,6 milhões de óbitos anuais em decorrência do problema. Mas os esforços de pesquisas que buscam novas formas de tratamento estão fazendo com que grande parte dos diagnósticos não sejam mais uma sentença de morte. Hoje, vários problemas oncológicos já podem ser tratados como doenças crônicas graças a fármacos que conseguem destruir as células cancerígenas, prevenir sua proliferação ou aliviar os sintomas da doença. Eles representam a evolução nos tratamentos e incluem quimioterápicos, imunoterápicos e inibidores hormonais. 

A escolha do melhor tratamento depende de uma combinação de fatores, como o tipo de tumor e as condições específicas de cada paciente, por isso são terapias individualizadas. O mais importante é saber que, principalmente quando tratado em estágios iniciais, o câncer tem cura. E mesmo quando a remissão total não é mais possível, há medicamentos que bloqueiam a evolução da doença e ajudam a impedir que o tumor se espalhe pelo corpo.

Conheça, a seguir, os principais tipos de medicamentos oncológicos e como eles atuam no organismo:



Quimioterápicos

  • São medicamentos levados pelo sangue a todas as partes do corpo, destruindo as células cancerígenas e também impedindo que se espalhem.

  • O tratamento pode contar com um único medicamento quimioterápico ou com a combinação de vários deles (mistura de drogas e doses), de acordo com o tipo de neoplasia.

  • Os fármacos podem se apresentar de dois tipos:
    Quimioterapia branca: emprega medicamentos como ciclofosfamida, taxanos, gencitabina e vinorelbina.
    Quimioterapia vermelha: utiliza medicamentos do grupo das antraciclinas.

  • A administração depende do remédio utilizado e pode ser via oral (pela boca), intravenosa (pelas veias), tópica (sobre a pele); subcutânea (abaixo da pele); intramuscular (pelo músculo); ou intratecal (pela espinha dorsal).

  • Feito em ciclos, com aplicações diárias, semanais ou mensais, o tratamento quimioterápico vem seguido de um período de descanso para que o organismo consiga se recuperar. A duração e a frequência dependem do tipo de câncer, dos medicamentos utilizados e de como o organismo responde a eles. Alguns pacientes recebem a medicação de forma ambulatorial, outros precisam ficar internados.

  • Efeitos colaterais:
    Náuseas, vômitos e diarreia são comuns. Pode haver queda de cabelos e lesões na cavidade oral. Os remédios quimioterápicos também podem induzir à falta de apetite e cansaço. A ocorrência de febre acontece, às vezes, como resultado de alguma infecção provocada pela diminuição da resistência.



Imunoterápicos

  • O objetivo dessa classe de medicamentos é potencializar o sistema imunológico e a sua capacidade de enfrentar o câncer. Os princípios ativos desses fármacos são capazes de estimular o próprio corpo a identificar as substâncias causadoras do tumor e eliminá-las.

  • A imunoterapia não se aplica a todos os tipos de câncer. A indicação tem relação com o tipo de tumor e a fase do tratamento em que o paciente se encontra. Atualmente, no Brasil, existem medicamentos imunoterápicos aprovados para os cânceres de pulmão, rim, bexiga, estômago, cabeça e pescoço, melanoma e alguns subtipos de cânceres de mama e pele (carcinoma de células de Merkel e carcinoma escamoso de pele).

  • A forma de administração pode ser intravenosa ou subcutânea.

  • Efeitos colaterais:
    A imunoterapia é um tratamento com menor impacto na qualidade de vida do paciente, pois os efeitos colaterais costumam ser menores do que os sentidos durante a quimioterapia convencional. Os mais frequentes são falta de disposição, coceira ou manchas na pele e diarreia. 



Terapia-alvo

  • São medicamentos que atuam em alvos específicos nas células cancerígenas. Os fármacos atacam seletivamente, com base em mutações genéticas ou marcadores moleculares, minimizando o dano às células saudáveis.

  • Não é adequada para todos os tipos de doenças oncológicas. Para que o médico possa indicar esse tratamento, são necessárias análises genéticas para identificar as mutações no DNA das células cancerosas.

  • Efeitos colaterais:
    Fadiga, erupções cutâneas, alterações gastrointestinais, hipertensão e alterações nas funções hepáticas ou renais podem ocorrer, mas geralmente menos severas que na quimioterapia tradicional.



Terapia hormonal

  • Esses medicamentos retardam ou interrompem o crescimento dos tumores bloqueando a capacidade do organismo de produzir certos hormônios ou interferindo nos locais onde os hormônios agem no corpo. Geralmente esse tratamento é utilizado para cânceres de mama ou de próstata.
    Os fármacos são administrados via oral; injeção subcutânea ou via intramuscular (feita no braço, na coxa, no quadril ou logo abaixo da pele, na camada de gordura do braço, da perna ou da barriga).

  • Efeitos colaterais:
    Fadiga, ondas de calor, redução da libido, ganho de peso e osteoporose são efeitos que podem acontecer.



Importância dos medicamentos oncológicos

A maioria dos medicamentos oncológicos combate as células cancerígenas e controla a doença, evitando sua progressão e a formação de metástases. Mas alguns foram desenvolvidos especificamente para prevenir a recorrência do câncer após o tratamento inicial e outros são dirigidos ao bem-estar dos pacientes, com a redução da dor, da fadiga e outros sintomas associados ao câncer, portanto, também fundamentais para que os pacientes vivam mais e com melhor qualidade. 



Fontes:

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento#:~:text=O%20tratamento%20do%20c%C3%A2ncer%20pode,combinar%20mais%20de%20uma%
20modalidade.&text=Veja%20tamb%C3%A9m%3A%20Cuidados%20paliativos.,Tabagismo%20para%20pacientes%20do%20INCA

https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tratamento-oncologico