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Fatores de risco, sintomas, tratamentos… Saiba como se proteger do segundo tipo de tumor mais comum em homens

Os números assustam. O câncer de próstata matou 17 mil homens no Brasil em 2023. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que o país terá 71 mil novos casos da doença neste ano, estimativa que deverá se repetir em 2025. É o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do tumor de pele. Mas a doença tem cura em 95% dos casos, desde que detectada precocemente.

Por medo, preconceito ou desconhecimento, muitos homens deixam de falar sobre o assunto. A falta de prevenção induziu, em 2003, na Austrália, a criação do movimento Novembro Azul, que se estendeu por vários países e é repetido anualmente com campanhas de alerta sobre a saúde masculina.

Em sua fase inicial, a doença apresenta poucos sintomas. Se o homem não estiver atento, pode descobrir o tumor em estágio avançado. Confira aqui o que você precisa saber.


O que é câncer de próstata?

É um tumor que afeta a próstata, glândula presente apenas nos homens, localizada logo abaixo da bexiga. A próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo. Sua função é produzir o fluído que protege e nutre os espermatozoides. 

O que aumenta o risco de ter câncer de próstata?

  • Idade – No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. 
  • Fatores hereditários – Histórico de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos é sinal de alerta.
  • Obesidade – Excesso de gordura corporal aumenta a chance de ter a doença.
  • Tabaco – Os fumantes têm um risco aumentado de morte por câncer de próstata.

Ter uma alimentação saudável, praticar atividade física, não fumar, evitar o consumo de bebidas alcóolicas e manter o peso adequado são recomendações para se proteger da doença.

Sinais

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas. Quando apresenta, são eles:

  • Dificuldade de urinar 
  • Sangue na urina
  • Diminuição do jato de urina
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite

É importante saber que esses sintomas também estão presentes em doenças benignas da próstata. São necessários exames para investigar se você realmente tem a doença.


Diagnóstico

Existem dois exames para identificar a existência do câncer de próstata: 

  • Exame de toque retal 
    O médico avalia o tamanho, a forma e a textura da próstata introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
  • Exame de PSA 
    É um exame de sangue que mede a quantidade da proteína produzida pela próstata. Níveis altos podem indicar câncer.

Após indícios no exame de toque ou no de sangue, é preciso fazer uma biópsia para confirmar a doença. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata para análise em laboratório. 

Tratamento

O tipo de conduta depende do estágio da doença. Tumor localizado (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), pode ser tratado com cirurgia, radioterapia e até mesmo apenas com acompanhamento regular, já que alguns tipos não evoluem a ponto de colocar a vida do paciente em risco. 

Quando a doença já está avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. 

Pacientes com metástase (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), geralmente recebem terapia hormonal.

A escolha do tratamento mais adequado é individualizada e definida pelo médico após discussão com o paciente sobre os riscos e benefícios de cada método.

O acompanhamento, seja após a cirurgia ou após a radioterapia, é feito por meio de dosagens do antígeno prostático específico (PSA) em amostras de sangue.


Impotência sexual e incontinência urinária

Impotência e incontinência são as principais preocupações dos homens com câncer de próstata. Em alguns casos, essas condições podem ocorrer, mas não em todos. As chances de efeitos colaterais variam de acordo com o tipo de tratamento e estágio da doença. 

Rastreamento preventivo

Alguns especialistas são a favor de se realizar exames de rotina em homens sem sintomas, pois isso pode ajudar a identificar o câncer logo no início, aumentando a chance de sucesso no tratamento. 

Em contrapartida, outros especialistas são contra o rastreamento de assintomáticos, apontando o risco de diagnosticar e tratar um câncer que não evoluiria e nem ameaçaria a vida. 

O Ministério da Saúde não recomenda os exames em homens assintomáticos sem histórico de doença na família.


Fontes:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-prostata
https://www.gov.br/inca/pt-br/centrais-de-conteudo/exposicoes/coletanea-saude-do-homem

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