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CANCER-DE-PELE-E-COISA-SERIA

Embora seja o tipo mais frequente de câncer no Brasil e no mundo, muita gente ainda desconhece a gravidade da doença.

Chegou o verão e, com ele, raios de sol mais intensos. Embora o Brasil seja um país com altas taxas de radiação solar o ano todo, é nessa estação que as pessoas se expõem mais aos raios ultravioletas, o que as torna mais suscetíveis ao desenvolvimento do câncer de pele.

O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil e no mundo, afetando principalmente adultos acima 40 anos, especialmente a faixa entre 50-60 anos. É considerado raro em crianças e pessoas negras, mas pode ocorrer, em especial se existir algum fator genético envolvido. 

Dados do Ministério da Saúde revelam que o tumor da pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. Segundo estimativa, de 2023, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados aproximadamente 220,49 mil novos casos de câncer de pele por ano no triênio 2023-2025.  



TIPOS DE CÂNCER DE PELE

O câncer de pele ocorre quando as células da pele se multiplicam repetidamente, sem controle, até formarem um tumor maligno. Ele pode ser classificado de duas formas:

  • Melanoma: tem origem nas células produtoras da melanina, substância que determina a cor da pele, e é mais frequente em adultos brancos;
  • Não melanoma: é o mais frequente no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no país.

O melanoma é o tipo de câncer de pele mais grave, devido a grande chance de provocar metástase (quando o câncer se espalha para outros órgãos). No entanto, não é tão comum no Brasil, representando apenas 3% de todos os tumores malignos registrados no país, e seu prognóstico é bom se descoberto precocemente. 

Pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. 

Já o câncer de pele não melanoma apresenta tumores de diferentes tipos, sendo os dois mais frequentes:

  • Carcinoma basocelular (CBC): o mais comum e o menos agressivo. Normalmente é caracterizado por uma ferida ou nódulo de cera branco ou uma mancha escamosa marrom em áreas que ficam expostas ao sol. Sua evolução é lenta. 
  • Carcinoma epidermoide (CEC): também surge por meio de uma ferida ou sobre uma cicatriz, especialmente nas regiões do corpo mais expostas à radiação solar, como rosto, cabeça, pescoço, braços, mãos e pés. A maior gravidade do carcinoma epidermoide é a possibilidade de metástase (espalhar-se para outros órgãos).



SINTOMAS

Os sintomas visuais do câncer de pele são manchas e pintas que aumentam de tamanho, coçam ou sangram, ou feridas difíceis de cicatrizar. Confira alguns sinais que não devem ser ignorados: 

1. Surgimento de pintas e manchas na pele

Se você notar o aparecimento repentino de pintas e manchas na pele, especialmente se forem castanhas ou mais escuras, elevadas e de formas irregulares, marque uma consulta com o dermatologista o quanto antes. 

2. Alterações em pintas já existentes

Fique atento a alterações na cor, textura, formato e tamanho de pintas e manchas. Se observar qualquer alteração, é fundamental investigar, principalmente se a mudança for na pigmentação das bordas. 

3. Inflamações na pele

Pintas e manchas que apresentam vermelhidão e inflamação ao seu redor não devem ser ignoradas, ainda mais se a irritação persistir por muito tempo.

4. Feridas que não cicatrizam

Ao perceber que uma lesão não está cicatrizando, ou que está demorando mais de quatro semanas para fechar, procure um médico. A pele saudável regenera-se rapidamente. 

5. Dor e sensibilidade local

Fique atento se você sentir irritação, coceira, dor ao toque ou qualquer outra sensibilidade em regiões da pele, mesmo nas que não apresentam manchas ou pintas. Pele saudável não dói. Procure um médico. 



COMO SE PREVENIR

A melhor forma de prevenção ao câncer de pele é a proteção solar. Use protetor ainda que não esteja tomando banho de sol, e mesmo em dias nublados.

Qualquer pessoa pode desenvolver a doença, mas aquelas com pele, olhos e cabelos mais claros, albinas, com vitiligo ou em tratamento com imunossupressores têm risco aumentado. Da mesma forma, as que trabalham sob exposição direta ao sol devem redobrar os cuidados. Uma dica é usar roupas com proteção UV, chapéu de abas largas e óculos escuros que ajudam a proteger o rosto. 

Além disso, independentemente de estar nesses grupos, use filtro solar sempre que se expuser ao sol (reaplique a cada duas horas ou sempre que entrar na água) e evite os horários de maior incidência dos raios ultravioleta, entre 10h e 16h.

Ao perceber qualquer alteração suspeita na pele, consulte um médico. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura do câncer de pele. Mesmo o tipo mais agressivo, o melanoma, quando diagnosticado em fase inicial, tem 90% de chances de cura. 




Fontes:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-pele

https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/salvar_vidas_cancer_pele_impressao_corrigido_web_0.pdf

https://www.sbd.org.br/dezembro-laranja-sociedade-brasileira-de-dermatologia-intensifica-a-luta-contra-o-cancer-de-pele/

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